A CAPITAL DO MERGULHO ARRAIAL DO CABO-RJ
A cidade oferece as mais variadas opçoes para a prática do mergulho.
Arraial do Cabo, que fica a 140 quilômetros do Rio de Janeiro, é uma das
mais belas cidades do litoral da Região dos Lagos. Com dunas, lagoas,
restingas, costões, praias e ilhas paradisíacas, o município oferece as
melhores opções de mergulho. Toda essa natureza, junto com o jeito
simples de seu povo, sua arquitetura e tamanho de cidade do interior,
fazem de Arraial do Cabo uma cidade única. E um dos seus maiores
tesouros está no fundo do mar, por isso é conhecida como a Capital do
Mergulho.
Arraial do Cabo tem o clima quente e úmido, que varia entre 17° e 23° no
inverno. O mar de Arraial tem uma temperatura média de 12 a 26ºC
provocada pelo fenômeno da Ressurgência (correntes de águas frias vindas
das Ilhas Malvinas ricas em nutrientes que são a base da cadeia
alimentar e por conta deste fenômeno, o fundo do mar de Arraial do Cabo
possui uma diversidade de espécies marinhas).
A cidade é um dos melhores points do Brasil para a prática do mergulho e
oferece as mais variadas opções de mergulho, por isso é uma das áreas
do turismo que mais cresce no município.
Diariamente, turistas de várias cidades do país e do exterior mergulham
nas águas cristalinas de Arraial. Segundo informações da Associação das
Operadores de Mergulho treze empresas atuam neste seguimento em Arraial
do Cabo. As operadoras oferecem os mais variados cursos, entre eles o
Batismo, que é um programa de iniciação no mundo subaquático, seguindo
todas as regras de segurança.
Locais de mergulho - Para quem gosta de um mergulho tranquilo, em locais
mais rasos e abrigados, o lado de dentro da Ilha dos Porcos é uma boa
opção. Com águas tranquilas, vida marinha exuberante e profundidade
máxima de 18 metros, a Ilha é considerada um dos melhores locais para
tomada de imagens; O Saco do Cherne localizado no continente tem águas
quentes e calmas, com profundidade de até 20m; Outra boa opção é Saco do
Anequim, onde está concentrada a maior colônia de gorgônias da região,
formando uma verdadeira floresta submarina, habitada por variadas
espécies de peixes e arraias pintadas.
Já os mergulhadores mais experientes podem experimentar uma descida na
Enseada do Oratório. Um local desabrigado do vento, mar agitado e águas
frias, que chega a até 50m de profundidade. Estes fatores adversos
tornaram o Oratório pouco frequentado, o que garante um ambiente
inexplorado e preservado. Outro bom local de mergulho é o lado de fora
da Ilha dos Porcos, que chega a até 45m de profundidade, sendo o fundo
composto de formações rochosas e tocas, habitadas por peixes de grande
porte.
Na Ilha dos Franceses a profundidade chega a 45 metros e o fundo é
composto de grandes rochas espalhadas pela areia. Pesquisadores da
marinha vêm realizando estudos com o mangangá, que chegam a pesar até 5
quilos neste local. Outras espécies de grande porte também são
facilmente avistadas.
A famosa Gruta Azul é visitada por centenas de turistas que optam em
passear de barco na cidade. Mas o que eles não podem ver é o espetáculo
debaixo d’água. A gruta tem 15 metros de profundidade, o percurso para
exploração começa por um trecho de 18 metros até chegar a uma chaminé
que vai até a superfície. O local é um pouco pobre de vida marinha, mas o
efeito de luzes é impressionante, que provoca um fenômeno azulado, daí o
nome Gruta Azul. O melhor horário para mergulhar é próximo ao meio dia,
para obter melhor iluminação da chaminé.
Perto dali, em direção a Ponta do Focinho, encontra-se o Buraco da
Camarinha formado por um enorme salão de fácil acesso pela superfície,
onde existe uma fenda que vai até o fundo – a 30 metros – que dá
passagem para mar aberto. A melhor hora para mergulhar neste local é no
final da tarde.
E para quem gosta de naufrágios Arraial do Cabo é o lugar. Várias
embarcações foram a pique nos costões da região, possibilitando um leque
variado de opções de mergulho. O mais famoso de todos é o Thetis, que
naufragou em 1830, no Saco dos Ingleses, levando junto uma valiosa
carga. O navio era comandado por Thomas Dickinson e levava a bordo
aproximadamente US$ 810,000.00 em ouro, jóias e pedras preciosas e 80%
dessa carga foi recuperada, mas o resto ainda se encontra no local
esperando algum aventureiro disposto a gastar tempo e dinheiro na
empreitada. O Thetis está a 25 metros de profundidade, cercado de uma
lindíssima flora de cor vermelha, habitada por Arraias Jamanta e
Tubarões Martelo. Ainda dá para ver alguns canhões e peças do navio.
Outro naufrágio da mesma época é a fragata Dona Paula, cujo naufrágio
aconteceu em 1827, quando perseguia outra embarcação. Seus destroços
estão na Ilha dos Franceses, na Praia Grande, em profundidades que vão
de 5 a 25 metros. O barco está totalmente desmantelado, mas ainda é
possível ver seus canhões e as três âncoras, ainda em bom estado. Outro
navio, o Teixeirinha, é do começo deste século. Afundou na Ponta da
Jararaca em 1923, quando rebocava outro barco. Está totalmente destruído
e fica em profundidades entre 6 e 23 metros, uma variada vida marinha
floresceu entre os seus destroços, formando um lindo e colorido visual.
Alguns naufrágios são bem mais recentes, como o caso do Harlingen, que
foi ao fundo em 1971, após se chocar contra o costão do Pontal do
Atalaia. Está um pouco destruído, a uma profundidade de 18 a 25 metros.
Ainda dá para ver a grande hélice, praticamente intacta. E o mais
recente de todos é o Tunamar, que afundou em 1994, próximo à Ponta do
Focinho. O barco está inteiro e a 65 metros de profundidade, sendo
necessário um mergulho técnico de grande planejamento.